Didáctica da Língua em Rede - Educação de Infância

Na era das TIC impunha-se a criação de um espaço de formação interactiva, complementar à vida da sala de aula. Aqui está ele! Aberto à publicação de textos, imagens, pedidos de ajuda, sugestões...Aqui está a possibilidade de continuarmos e explorar as potencialidades da nossa língua portuguesa. Enviem as vossas publicações para educinf@hotmail.com. Todos seremos poucos. Bem-vindos!!! ENDEREÇO PARA "POSTAGENS": educinf@hotmail.com JMCouto

18 outubro 2006

Como contar a história da Cinderela às crianças, para que não nos chamem «cotas»?

«Há bués da time, havia uma garina, cujo cota já tinha esticado o pernil e que vivia com a chunga da madrasta e as melgas das filhas dela.










A Cinderela, Cindy p'os amigos, parecia que vivia na prisa, sem tempo sequer para enviar uns mails. Com este desatino só lhe apetecia dar de frosques, porque a madrasta lhes fazia bués de cenas. É então que fica a saber da alta desbunda que ia acontecer: uma party!!!
A gaja curtiu totil a ideia, mas as outras chavalas cortaram-lhe as bases. Ela ficou completamente passadunte, mas depois de andar à toa durante um coche, apareceu-lhe uma fada baril que lhe abichou uma farda baita bacana e ela ficou a parecer uma g'anda febra.

Só que ela só se podia afiambrar da cena até ao bater das doze. A tipa mordeu o esquema e foi para a borga sempre a abrir.
Ao entrar na party topou um mano cheio de papel, que era bom como o milho e que também a galou


Aí a Cindy passou-se dos carretos e desbundaram "all night long", até que ao ouvir as doze ela teve de se enxandrar e bazou. O mitra ficou completamente abardinado quando ela deu de fuga e foi atrás dela, mas só encontrou pelo caminho o chanato da dama.
No dia seguinte, com uma alta fezada, meteu-se nos calcantes e foi à procura de um chispe que entrasse no chanato. Como era um alta cromo, teve uma vaca descomunal e encontrou a maluca, para grande desatino das outras fatelas que tiveram um g'anda vaipe quando souberam que eles iam juntar os trapos.

No fim, a garina e o chavalo curtiram largo e foram buerere de felizes»

Cinderela versão bués


Ainda se lembram desta história?
Acham que as histórias devem ser assim contadas, adaptando-as a uma nova forma de expressão utilizada pelas crianças?
Ou devemos ignorar este tipo de texto e contar apenas as histórias com o português correcto?
Na minha opinião, no Jardim de Infância há tempo para explorar tudo isto, podemos ocasionalmente contar uma história com palavras "bués" engraçadas, motivando assim, de uma forma especial as crianças, no entanto não devemos esquecer que somos modelos de imitação devendo, por isso praticar um português o mais correcto possível.


Cláudia Catalão

5 Comments:

At 18/10/06 18:45, Blogger Sofia said...

Hihihi...grande história! Mas existem histórias intemporais, que embora possam ser adaptadas, não podem ser esquecidas!O sonho, esse nunca pode estar dissociado da educação para a vida!
Um beijinho para todas que atravessam agora o 4º ano...e claro continuem a sonhar, porque vale a pena!
Sofia Vieira

 
At 19/10/06 00:21, Anonymous Anónimo said...

Olá Cláudia!

Concordo plenamente contigo quando afirmas que "somos modelos". Não creio que devamos atropelar a nossa língua, pelo contrário, acredito que devemos sempre fazer um esforço por falar e escrever correctamente.
Profissionalmente, devemos ser empreendedoras e inovar! No ano passado tive a oportunidade de apresentar com a Ana Sousa e a Silvia Neves uma peça de teatro - História da Carochinha, versão moderna. Não utilisámos os "bués", a linguagem foi cuidada, mas actual. Fugimos às habituais músicas infantis e utlizámos canções modernas, assim como os adereços. Uma Carochinha muito "fashion" e um João Ratão tão lindo!

A reacção das crianças foi surpreendente. Cantavam, riam-se... foi muito divertido para todos!

Arrisquem e inovem! Vale a pena!

Beijinhos, Ana

 
At 19/10/06 00:31, Anonymous Anónimo said...

Oi Cláudia.
Lembro bem desta história e é, por ter sido contada desta forma, que fez despertar o meu próprio interesse nela. Isto acontece porque ainda tenho (e acho que todos nós temos) uma criança dentro de mim. Mas é muito bom sentir isto...
Acho bom inovar e as crianças de hoje em dia são cada vez mais inovadoras e surpreendentes.
Vamos actualizarmo-nos, vamos progredir e seguir esta nova era - a era moderna.

Vânia Leal

 
At 19/10/06 15:33, Anonymous Anónimo said...

Olá Cláudia.

Adorei relembrar esta história, que já lá vai no nosso longínquo 1º ano.
Apesar de achar que ela é diferente, concordo contigo. Podemos dar uma visão moderna, actual e divertida dos intemporais contos infantis, mas nunca devemos, como diz a Ana, atropelar a nossa língua portuguesa. Afinal, existem várias maneiras de inovar.

Beijinhos
Diana Pereira

 
At 20/10/06 13:30, Anonymous Anónimo said...

Olá Cláudia!

Gostei de relembrar esta história, é muito divertida! Na minha opinião, penso que temos de aderir a estas inovações, para as crianças é uma forma de elas se divertirem com a história, apesar de que acho muito importante, as crianças nunca deixarem de contactar com o português correcto, não adoptando este tipo de linguagem para o seu dia a dia. Falar e escrever bem é essencial, algo que se vai perdendo hoje em dia.

 

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