Didáctica da Língua em Rede - Educação de Infância

Na era das TIC impunha-se a criação de um espaço de formação interactiva, complementar à vida da sala de aula. Aqui está ele! Aberto à publicação de textos, imagens, pedidos de ajuda, sugestões...Aqui está a possibilidade de continuarmos e explorar as potencialidades da nossa língua portuguesa. Enviem as vossas publicações para educinf@hotmail.com. Todos seremos poucos. Bem-vindos!!! ENDEREÇO PARA "POSTAGENS": educinf@hotmail.com JMCouto

14 janeiro 2007

BRINCADEIRAS

Divertir e Aprender
A grande curiosidade do seu bebé, o seu interesse por tudo aquilo que está ao seu redor, a vontade de manipular os objectos: tudo isso é "jogo". Para os bebés, o jogo ou a brincadeira é um verdadeiro "trabalho", uma tarefa fundamental para explorar o ambiente e aprender com isso.
As brincadeiras e seus significados: no primeiro ano de vida, é um excelente exercício físico e psíquico: desenvolve músculos e cérebro, coordenação e memória, capacidades sensoriais e inteligência. E o primeiro e mais divertido brinquedo de um recém-nascido é o seu próprio corpo, que ele tateia e descobre com verdadeiros gritinhos de alegria. Mais tarde, quando aprende a gatinhar, tem ao seu redor todo um mundo de objectos a explorar e começa então a colocar em prática o que já sabe fazer e a desenvolver o que ainda tem que aprender. Não aceita mais a sua ajuda, quer isso sim o seu encorajamento, a sua aprovação... isso inclusivé dá um sentido afectivo aos seus progressos e às suas conquistas. Depois do primeiro aniversário, o bebé transforma-se de explorador em pesquisador... pois não é mais suficiente explorar nos mínimos detalhes os objectos, mas quer também saber o que pode fazer com ele. Durante horas ele pode ficar a repetir os mesmos gestos, mas, na realidade, está a elaborar conceitos, a entender o processo de causa-efeito, e a aprender a inventar algo mais... este é um importante exercício de criatividade e de desafio para consigo próprio. Depois do segundo aniversário, o bebé precisa do jogo para dominar a realidade. Uma realidade feita de eventos que nem sempre ele consegue entender, mas que tem que aprender a adaptar-se e a conviver (quando por exemplo, a mãe se ausenta e ele não entende o porquê que ela foi-se embora). E assim, o jogo e as brincadeiras transformam-se num instrumento para desabafar a sua agressividade e as pequenas frustrações, simulando um mundo onde é ele quem decide.
Os jogos mais aptos de acordo com a idade
Para um bebé, brincar significa aprender a crescer. E à medida que as suas habilidades aumentam, o seu modo de brincar transforma-se. Os melhores brinquedos para ele são aqueles que podem ser explorados, que resistem às suas inúmeras experiências e que tenham cores atraentes.
Até os 6 meses:
nesta primeira fase do seu desenvolvimento, ele prefere os objectos coloridos e em movimento, como os móbiles pendurados.
Perto dos 4 meses, prefere os brinquedos que pode "bater", como os cubos de borracha, bolas e objectos de espuma, animais de plástico, que o ajudam a coordenar os olhos e a mão e, também a segurar os objectos com os dedos. Os brinquedos devem ser resistentes e grandes o suficiente para evitar acidentes quando ele, inevitavelmente, tentará saboreá-los.
Dos 6 meses a 1 ano: agora seu filho já sabe fazer muitas coisas. Está já sentado e diverte-se em segurar os objectos e atirá-los para longe: é o primeiro sinal que o levará a movimentar-se. Quando começar a rolar no chão ou a tentar gatinhar, ofereça brinquedos com rodas ou bolas, pois estimulará a coordenação dos seus movimentos na tentativa de buscá-los de volta ou de lançá-los mais para frente. Os brinquedos de borracha que ele pode morder também são importantes nesta fase em que começam a aparecer os primeiros dentinhos. Uma brincadeira importante é o "esconder", pois se você se esconder e reaparecer, aos poucos ele irá entender um conceito fundamental: que a mãe está sempre presente, mesmo se não a vir por alguns instantes.
Dos 12 aos 18 meses: agora o bebé já aprendeu a andar, é dono da casa, e pronto a transformar qualquer coisa num brinquedo. Uma brincadeira que o diverte muito é reunir e organizar os objectos, como por exemplo, colocar em fila os cubos coloridos. Sente-se também atraído pelos sons: gosta de tambores, pianinhos, xilofones com teclas coloridas, mas também servem as panelas da mãe que ele adora bater com alegria. Mas principalmente, a imitação é uma óptima forma para inventar novos jogos: ele começará a surrupiar os panos de pó, enquanto se estiver a limpar a casa, ou brincará com a farinha enquanto estiver a preparar um bolo, ou pegará num pacote de bolachas da prateleira do supermercado, enquanto se está a fazer as compras. É o momento de estimular a sua criatividade, tomando os cuidados necessários para que não se magoe.
Dos 18 meses aos 3 anos: o seu filho é cada vez mais autónomo e agora apreciará os brinquedos com rodas... triciclos e bicicletas são os favoritos. Agora ele já adquiriu um certo raciocínio lógico e diverte-se com os brinquedos de causa-efeito, daqueles que se aperta um botão e ele abre uma porta...
Por volta dos 2 anos, é provável que ele invente um amigo imaginário e fale com ele em voz alta enquanto brinca sozinho. Este é um acontecimento comum e que pode querer demonstrar a vontade de estar com outras crianças. As brincadeiras dos meninos e das meninas começam a diferenciar-se: os meninos preferem os carrinhos e as meninas divertem-se com panelas e bonecas. Mas é de gosto comum os brinquedos de encaixe, como por exemplo os quebra-cabeça, excelentes para desenvolver a atenção e as habilidades manuais. Nesta fase, o bebé já consegue reconhecer muitos objectos, e outra brincadeira muito instrutiva é folhear um livro ilustrado, onde ele demonstra toda a sua capacidade de localizar estes objectos, dando o nome correto para cada um deles.
Jogos de simulação e fantasia: para um bebé, conhecer a realidade significa representá-la. Identificar-se com os outros significa compreender os modos e actividades daqueles que o rodeiam, imitando o papel dos adultos. Próximo dos 18 meses, o bebé durante as suas brincadeiras finge ser a mãe, muitas vezes vestindo roupas e sapatos da mãe, ou brincar com um aviãozinho onde finge ser o piloto. O jogo de simulação serve para colocá-lo em relação com o mundo das outras pessoas, entendendo as diferenças e estimulando a fantasia.
Afixei esta informação, porque sei que é pertinente para a realização de trabalhos, ou para fundamentações que tenham haver com a Prática Pedagógica, inclusivé para informação pessoal.
Vânia Leal

1 Comments:

At 14/1/07 22:38, Anonymous Anónimo said...

Olá, Vânia.
Gostei de ler que o bebé, a partir de determinada altura é o "dono da casa". De facto, assim é. Ele é mesmo dono de tudo: do nosso tempo, casa, dinheiro, atenção, preocupações... etc., etc.
Mas este é que é o lado belo da vida, não é? E nós, adultos, também já fomos bebés.
É preciso é que as crianças sejam saudáveis e felizes.
Um beijinho.

 

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