Didáctica da Língua em Rede - Educação de Infância

Na era das TIC impunha-se a criação de um espaço de formação interactiva, complementar à vida da sala de aula. Aqui está ele! Aberto à publicação de textos, imagens, pedidos de ajuda, sugestões...Aqui está a possibilidade de continuarmos e explorar as potencialidades da nossa língua portuguesa. Enviem as vossas publicações para educinf@hotmail.com. Todos seremos poucos. Bem-vindos!!! ENDEREÇO PARA "POSTAGENS": educinf@hotmail.com JMCouto

20 novembro 2006

Para Pensar...

“Não brincas.
Não entras na roda.
Não jogas à bola.
Não ficas na minha mesa.
Ele já sabe tudo isto de cor, por tantas vezes o ter ouvido.
Afasta-se, porque a mãe, em casa, lhe diz que é o melhor que ele tem a fazer. Para não arranjar problemas.
Porquê mãe? - Perguntou ele um dia. Mas a mãe não lhe respondeu.
Abraçou-o ainda com mais força e disse: O preto é o resultado de todas as cores juntas. Eles ainda não sabem isso. Mas um dia vão aprender.
E depois mãe?
Depois vais entrar em todos os jogos e rematar a todas as balizas.
Como os outros mãe?
Como os outros”




Este é um exemplo do que acontece, infelizmente, ainda nos nossos dias.
Não podemos ser indiferentes….mas sim diferentes nestas atitudes.
Sejamos unidos… como todas as cores!


Beijos
Ana Pereira

7 Comments:

At 20/11/06 22:09, Anonymous Anónimo said...

Esta é uma boa forma de explorar as diferenças de cor. É um texto bastante acessivel e que encerra em si, uma moralidade muito importante e que na maior parte das situações é posta em causa.

Catarina Sousa

 
At 20/11/06 23:09, Anonymous Anónimo said...

Obrigada Ana por teres dado algo de novo a este blog. Esta questão das diferenças de cor ainda não foram abordadas no blog. Não sou racista em nada, mas já fui muito descriminada, muito posta de parte por ser diferente do estereótipo que a maioria das minhas colegas eram. Ainda hoje sinto que isso acontece, embora não tanto. Mas tento ser sempre mais forte porque dentro de mim sei que existem muitos valores, dignidade e tantos outros "dons" que muitas pessoas ignoram, mas aos quais deveriam dar valor.
Hoje ainda não se aceitam muito bem as diferenças, hoje as pessoas não são capazes de enfrentar os outros, de ser sinceras. Vivemos num mundo em que só é bom e melhor quem diz sempre "amén" àquilo que defendemos. Contudo, um NÃO, dito com sinceridade, no momento correcto, é mais benéfico do que um SIM.
Enquanto futuras educadoras, julgo que devemos estar minimamente preparadas para encarar e saber lidar com este tipo de situações.
Afinal "Todos diferentes, Todos iguais".

Até à próxima
Carla Almeida

 
At 20/11/06 23:43, Anonymous Anónimo said...

"Todos diferentes, Todos iguais" ou "Todos iguais, mas Todos diferentes"?
Sei que sou muito sonhadora! Que vivo num mundo que não o nosso, mas, nao sinto este racismo ou discriminaçao para com as pessoas de cor, sejam elas, pretas, amarelas, brancas ou vermelhas...
VEjo que, muito mais que os próprios adultos, as criançs aceitam muito mais facilmente colegas de cor, raça ou etnia diferentes, pois talvez sabem e sentem que todas elas são iguais na sua essência, apesar de todas serem diferentes...
Penso que devemos dar mais atenção às pessoas que nos rodeiam, ao que elas são na sua essência e nao tanto ao que elas nos aparentam ser.

Beijinhos,
Sílvia Ferreira

 
At 20/11/06 23:52, Anonymous Anónimo said...

E porque falamos de pessoas de cor diferente, conto-vos um episódio que apreciei e o com o qual me ri imenso.
Há alguns anos atrás, o meu irmão jogava futebol e, na sua equipa, jogava um rapaz negro, o Inzagui.
Um colega de equipa teimava em chamar-lhe "Preto"... Um dia, o Inzagui, muito divertido responde-lhe: "Diz Branco".
A reacção do Zé Carlos, o "Branco" foi de revolta, enquanto que a do "Preto", que sempre foi tratado por "Preto", pelo "Branco", foi sempre de "risota" e de alegria, pois não tinha qualquer preconceito pela sua cor de pele...
Achei este momento fabuloso, pois afinal, o "Branco" tinha mais complexos de ser chamado de "Branco", que o próprio "Preto".

 
At 21/11/06 13:41, Anonymous Anónimo said...

Olá.
Tal como diz a silvia diz vejo mais o racimo nas pessoas adultas do que as próprias crianças. Cabe-nos a nós, continuar a fazer com que o racismo deixe de existir, fazendo chegar às crianças uma atitude de aceitação e respeito pelo outro,mas fazendo com que essa informação chegue também aos pais, não concordam?

Telma Martins

 
At 21/11/06 14:35, Blogger Carla Marina said...

Às vezes é uma pena que as crianças absorvam tão bem o que ouvem em casa... Cada vez mais as crianças se excluem umas às outras não só por racismo mas por marcas, profissões dos pais,...

 
At 22/11/06 14:35, Anonymous Anónimo said...

Racismo...descriminação...exclusão social...não são mais que palavras...e como como qualquer outra adquirem o significado que cada um de nós lhe quer dar.
como modelos de aprendizagem para as crianças temos que ser nós a dar um novo significado a estas palavras. Guiem as vossas crianaçs no caminho da aceitação da diferença....

Foi muito bem escolhido este poema Ana!

Sónia Pereira

 

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