O conto e as suas Potencialidades lúdico-pedagógicas
Trabalho colectivo:
Como foi referido na aula de Linguística, aqui está o conto para que todas possamos colaborar, com sugestões e possíveis actividades para serem realizadas em contexto de jardim-de-infância.
Esperamos assim a vossa colaboração e que este trabalho, seja uma mais valia para a nossa formação pessoal e profissional.
Ana, Cecília, Vera
Conto: "A Promessa de Natal"
A PROMESSA DE NATAL
Vi um camião cheio de árvores de Natal e cada uma tinha uma história para contar. O motorista colocou-as em fila e ficou à espera que as pessoas as viessem comprar. Pendurou umas luzinhas brilhantes e uma placa em que se podia ler em encarnado:ÁRVORES DE NATAL PARA VENDER.
Quando o homem se servia de chocolate quente duma garrafa térmica fumegante, uma mãe, um pai e um menino pararam o carro apressados e começaram a procurar a árvore mais bonita de todas.O rapazinho ia à frente e com um olhar reluzente, exclamou:
- Elas têm cheiro de Natal, mãe! Sinto o cheiro de Natal em todo o lado.Vamos comprar uma árvore de quilómetros de altura. A maior que pudermos encontrar. Uma árvore que chegue ao tecto e nem dê para carregar. Uma árvore tão grande que até mesmo o Pai Natal, quando olhar, se admire e diga: "Esta é a árvore mais bela que já vi neste Natal!"
Para achar o pinheirinho perfeito procuraram com muito cuidado. Aqui e ali, e até mais de uma vez, o pai examinou e balançou mais de seis.
- Mãe, mãe, encontrei, encontrei o pinheirinho de que mais gostei! Tem um raminho partido, mas pode ficar disfarçado. Do anjinho da avó tiraremos o pó e lá no alto ficará a guardar-nos. Podemos comprá-la? Por favor, por favor!- pediu com fervor.- Que tal um chocolate quente? - perguntou o vendedor indulgente, enquanto abria o termo para aquela gente. - Isto sim vai aquecer o ambiente!E em três pequenos copos de papel serviu o chocolate. Brindavam, esperançosos, a mais um Feliz Natal.
- Escolheste muito bem. Este é realmente o melhor pinheirinho.
Feliz Natal! – disse o homem, amarrando o pinheiro com um cordão.Mas o rapazinho estava triste porque o preço era alto demais para o que o pai podia pagar. Foi então que o vendedor lhe fez uma proposta:
- A árvore é tua com uma condição: tens de manter uma promessa. Na noite de Natal, quando te fores deitar e rezar, promete guardar no teu coraçãozinho o encanto do Dia de Natal! E agora corre para casa, senão este vento gelado as tuas bochechas vai queimar.E assim foi, com o vento zunindo, durante toda a noite gelada. O bom homem ofereceu árvore, após árvore, após árvore. Com cada pessoa que apareceu brindou com o chocolate quente.E quem jurou manter a promessa de guardar no coração o encanto do Natal, saiu na noite contente, cantando canções alegremente. Quando tudo acabou só uma árvore restou. Mas ninguém estava lá para esta árvore adoptar. Então, o homem vestiu o seu grosso casacão e partiu para a floresta com a última árvore da festa. Deixou o pinheirinho perto de um pequeno riacho, para que as criaturas sem casa pudessem fazer dela a sua morada.E sorria enquanto tirava os flocos de neve que na sua barba encontrava.Foi então que por detrás de um arbusto uma rena quase lhe pregou um susto.Olhou para ela e sorriu. Fazendo uma festinha na grande criatura, pensou combrandura: "Parece que o Natal chegou novamente! Ainda temos muito chão e muitas coisas para fazer! Vamos para casa, amiga, trabalhar neste Natal que vai começar.”Olhou para o céu, ouviu os sinos a tocar e, num pestanejar, já lá não estava o vendedor.
Colori, colorado, está o conto acabado!
Zita
3 Comments:
Obrigada Zita, por este conto! Gostei muito... O natal é quando nos quisermos, que seja Natal todos os dias. Um Beijo enorme para ti;)
Salomé
O conto é, sem dúvida, fabuloso. Com ele pode abordar-se muitas temáticas que se relacionam com o desenvolvimento da criança. Na minha opinião, este conto estimula o desenvolvimento moral da criança, na medida em que tem uma enorme riqueza em valores, em afectividade que, se o educador ao lê-lo para o seu grupo, tiver interiorizado muito bem o mesmo saberá, sem qualquer dificuldade,transmitir estas mesmas sensações. Incutir valores nas crianças e manter uma relação afectiva forte com elas é, a meu ver, de extrema importância, de forma a que sintam que somos alguém que os apoia.
Para trabalhar este conto, podia fazer-se uma dramatização, pedindo a colaboração dos pais para esta. Seria uma forma de interagirem connosco e com as crianças e a instituição, bem como seria a melhor forma de levá-los absorver o verdadeiro espírito do Natal. (que hoje é tão ignorado e trnaformado num autêntico consumismo). Poder-se-ia construir uma árvore de Natal diferente, também com colaboração dos pais e até da comunidade, onde exposto este texto, se recolheriam pequenas mensagens, alguns sentimentos "explorados", sensações, ao tomar contacto com este conto.
Sei lá. Surgiu-me um remoinho de ideias, todas elas envolvendo o mais humilde e sincero espírito natalício. Mas vou permitir que outras pessoas partilhem e participem, enriquecendo mais a nossa própria formação e "qui ça" levando-nos ao encontro de novas actividades, diferentes e eficientes também.
Continuem a encher o blog com este espírito tão nobre que como conseguiram através deste simples conto.
Beijinhos para todos.
Carla Almeida
Há muito, muito tempo, num país distante, vivia, junto de uma floresta de bonitas bétulas e um grande abeto, um nobre cavaleiro com a sua família.
Numa dada ceia de natal o cavaleiro informou a sua família, dizendo:
-“Temos sempre festejado e celebrado juntos a noite de Natal. E esta festa tem sido para nós cheia de paz e alegria. Mas de hoje a um ano não estarei aqui.
-Porquê? – perguntou os outros todos com grande espanto.
-Vou partir – respondeu ele. – Vou em peregrinação à Terra Santa e quero passar o próximo Natal na gruta onde Cristo nasceu e onde rezaram os pastores, os Reis Magos e os Anjos.“...
-”De hoje a um ano estarei em Belém. Mas passado o Natal regressarei aqui e de hoje a dois anos estaremos, se Deus quiser, reunidos de novo.”
E assim partiu realizando o seu desejo e vivendo mil aventuras. De regresso a casa, cumprindo a sua promessa, viu-se perdido – “caminhava sem norte e sem oriente” – já sem esperança, pois esgotava-se o tempo, era noite de natal. Mas a fé deu-lhe coragem, rezou ao Anjos que numa noite atravessaram o céu anunciando o grande acontecimento. E como por milagre, avistou ao longe uma pequena claridade que ia crescendo ao aproximar-se.
“A Luz continuava a crescer e à medida que crescia, subindo do chão para o céu, ia tomando a forma dum cone.
Era um grande triângulo radioso cujo cimo subia mais alto do que todas as árvores.
Agora toda a floresta se iluminava. Os gelos brilhavam, a neve mostrava a sua brancura, o ar estava cheio de reflexos multicolores, grandes raios de luz passavam entre os troncos e as ramagens.
-Que maravilhosa fogueira – pensou o Cavaleiro -. Nunca vi fogueira tão bela.
Mas quando chegou em frente da claridade viu que não era fogueira. Pois era ali a clareira de Bétulas onde ficava a sua casa. E ao lado da casa, o grande abeto escuro, a maior árvore da floresta, estava coberta de luzes. Porque os anjos de Natal a tinham enfeitado com dezenas de pequeninas estrelas para guiar o cavaleiro.
DESCULPEM ENVIAR TAMBÉM ESTE CONTO, MAS QUANDO O LI ACHEI QUE MAIS UM NÃO É DEMAIS...
POIS É UM CONTO PEQUENINO, MAS MUITO BONITO.
Mas seguindo a proposta da aula de Evolução da Comunicação Linguística e Didáctica da Língua Materna e visto considerar que a área da biblioteca também contribui bastante para o desenvolvimento da criança, pois, a criança quando vai para a área da biblioteca não sabe ler, mas através da visão imagina a sua história, desenvolvendo-se assim a sua imaginação e criatividade. Com esta área as crianças deverão ganhar interesse pela escrita, pelo ler e escrever, pelo desenho. O que de facto, lentamente e no decorrer do tempo se vai observando. Por exemplo: as crianças podem levar revistas ou livros para a manta e contar ou comentar a história da forma como a vêem. Também podem levar para as mesas e copiar as figuras, do livro ou revista, desenhando ou mesmo tentar copiar as letras. Ao mesmo tempo esta área também serve como treino e exercício do pensamento e articulação da linguagem. “Os contos representam um importante papel na iniciação literária das crianças, que começa por ser feita através da mediação oral muito antes de a criança aprender a ler. (…) Contar em boas condições, contos às crianças aumenta as hipóteses de as transformar em «bons leitores». (…) A idade das crianças determinará o grau de exploração e os modos de análise a que se poderá proceder.” (Maria Emília Traça, 1992, p. 116).
Vânia Leal
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