Didáctica da Língua em Rede - Educação de Infância

Na era das TIC impunha-se a criação de um espaço de formação interactiva, complementar à vida da sala de aula. Aqui está ele! Aberto à publicação de textos, imagens, pedidos de ajuda, sugestões...Aqui está a possibilidade de continuarmos e explorar as potencialidades da nossa língua portuguesa. Enviem as vossas publicações para educinf@hotmail.com. Todos seremos poucos. Bem-vindos!!! ENDEREÇO PARA "POSTAGENS": educinf@hotmail.com JMCouto

21 novembro 2006

O conto e as suas Potencialidades lúdico-pedagógicas

Trabalho colectivo:

Como foi referido na aula de Linguística, aqui está o conto para que todas possamos colaborar, com sugestões e possíveis actividades para serem realizadas em contexto de jardim-de-infância.
Esperamos assim a vossa colaboração e que este trabalho, seja uma mais valia para a nossa formação pessoal e profissional.
Ana, Cecília, Vera

Conto: "A Promessa de Natal"

A PROMESSA DE NATAL

Vi um camião cheio de árvores de Natal e cada uma tinha uma história para contar. O motorista colocou-as em fila e ficou à espera que as pessoas as viessem comprar. Pendurou umas luzinhas brilhantes e uma placa em que se podia ler em encarnado:ÁRVORES DE NATAL PARA VENDER.
Quando o homem se servia de chocolate quente duma garrafa térmica fumegante, uma mãe, um pai e um menino pararam o carro apressados e começaram a procurar a árvore mais bonita de todas.O rapazinho ia à frente e com um olhar reluzente, exclamou:
- Elas têm cheiro de Natal, mãe! Sinto o cheiro de Natal em todo o lado.Vamos comprar uma árvore de quilómetros de altura. A maior que pudermos encontrar. Uma árvore que chegue ao tecto e nem dê para carregar. Uma árvore tão grande que até mesmo o Pai Natal, quando olhar, se admire e diga: "Esta é a árvore mais bela que já vi neste Natal!"
Para achar o pinheirinho perfeito procuraram com muito cuidado. Aqui e ali, e até mais de uma vez, o pai examinou e balançou mais de seis.
- Mãe, mãe, encontrei, encontrei o pinheirinho de que mais gostei! Tem um raminho partido, mas pode ficar disfarçado. Do anjinho da avó tiraremos o pó e lá no alto ficará a guardar-nos. Podemos comprá-la? Por favor, por favor!- pediu com fervor.- Que tal um chocolate quente? - perguntou o vendedor indulgente, enquanto abria o termo para aquela gente. - Isto sim vai aquecer o ambiente!E em três pequenos copos de papel serviu o chocolate. Brindavam, esperançosos, a mais um Feliz Natal.
- Escolheste muito bem. Este é realmente o melhor pinheirinho.
Feliz Natal! – disse o homem, amarrando o pinheiro com um cordão.Mas o rapazinho estava triste porque o preço era alto demais para o que o pai podia pagar. Foi então que o vendedor lhe fez uma proposta:
- A árvore é tua com uma condição: tens de manter uma promessa. Na noite de Natal, quando te fores deitar e rezar, promete guardar no teu coraçãozinho o encanto do Dia de Natal! E agora corre para casa, senão este vento gelado as tuas bochechas vai queimar.E assim foi, com o vento zunindo, durante toda a noite gelada. O bom homem ofereceu árvore, após árvore, após árvore. Com cada pessoa que apareceu brindou com o chocolate quente.E quem jurou manter a promessa de guardar no coração o encanto do Natal, saiu na noite contente, cantando canções alegremente. Quando tudo acabou só uma árvore restou. Mas ninguém estava lá para esta árvore adoptar. Então, o homem vestiu o seu grosso casacão e partiu para a floresta com a última árvore da festa. Deixou o pinheirinho perto de um pequeno riacho, para que as criaturas sem casa pudessem fazer dela a sua morada.E sorria enquanto tirava os flocos de neve que na sua barba encontrava.Foi então que por detrás de um arbusto uma rena quase lhe pregou um susto.Olhou para ela e sorriu. Fazendo uma festinha na grande criatura, pensou combrandura: "Parece que o Natal chegou novamente! Ainda temos muito chão e muitas coisas para fazer! Vamos para casa, amiga, trabalhar neste Natal que vai começar.”Olhou para o céu, ouviu os sinos a tocar e, num pestanejar, já lá não estava o vendedor.
Colori, colorado, está o conto acabado!
Zita

3 Comments:

At 21/11/06 18:26, Anonymous Anónimo said...

Obrigada Zita, por este conto! Gostei muito... O natal é quando nos quisermos, que seja Natal todos os dias. Um Beijo enorme para ti;)
Salomé

 
At 21/11/06 19:40, Anonymous Anónimo said...

O conto é, sem dúvida, fabuloso. Com ele pode abordar-se muitas temáticas que se relacionam com o desenvolvimento da criança. Na minha opinião, este conto estimula o desenvolvimento moral da criança, na medida em que tem uma enorme riqueza em valores, em afectividade que, se o educador ao lê-lo para o seu grupo, tiver interiorizado muito bem o mesmo saberá, sem qualquer dificuldade,transmitir estas mesmas sensações. Incutir valores nas crianças e manter uma relação afectiva forte com elas é, a meu ver, de extrema importância, de forma a que sintam que somos alguém que os apoia.
Para trabalhar este conto, podia fazer-se uma dramatização, pedindo a colaboração dos pais para esta. Seria uma forma de interagirem connosco e com as crianças e a instituição, bem como seria a melhor forma de levá-los absorver o verdadeiro espírito do Natal. (que hoje é tão ignorado e trnaformado num autêntico consumismo). Poder-se-ia construir uma árvore de Natal diferente, também com colaboração dos pais e até da comunidade, onde exposto este texto, se recolheriam pequenas mensagens, alguns sentimentos "explorados", sensações, ao tomar contacto com este conto.
Sei lá. Surgiu-me um remoinho de ideias, todas elas envolvendo o mais humilde e sincero espírito natalício. Mas vou permitir que outras pessoas partilhem e participem, enriquecendo mais a nossa própria formação e "qui ça" levando-nos ao encontro de novas actividades, diferentes e eficientes também.
Continuem a encher o blog com este espírito tão nobre que como conseguiram através deste simples conto.

Beijinhos para todos.
Carla Almeida

 
At 27/11/06 00:41, Anonymous Anónimo said...

Há muito, muito tempo, num país distante, vivia, junto de uma floresta de bonitas bétulas e um grande abeto, um nobre cavaleiro com a sua família.
Numa dada ceia de natal o cavaleiro informou a sua família, dizendo:
-“Temos sempre festejado e celebrado juntos a noite de Natal. E esta festa tem sido para nós cheia de paz e alegria. Mas de hoje a um ano não estarei aqui.
-Porquê? – perguntou os outros todos com grande espanto.
-Vou partir – respondeu ele. – Vou em peregrinação à Terra Santa e quero passar o próximo Natal na gruta onde Cristo nasceu e onde rezaram os pastores, os Reis Magos e os Anjos.“...
-”De hoje a um ano estarei em Belém. Mas passado o Natal regressarei aqui e de hoje a dois anos estaremos, se Deus quiser, reunidos de novo.”

E assim partiu realizando o seu desejo e vivendo mil aventuras. De regresso a casa, cumprindo a sua promessa, viu-se perdido – “caminhava sem norte e sem oriente” – já sem esperança, pois esgotava-se o tempo, era noite de natal. Mas a fé deu-lhe coragem, rezou ao Anjos que numa noite atravessaram o céu anunciando o grande acontecimento. E como por milagre, avistou ao longe uma pequena claridade que ia crescendo ao aproximar-se.
“A Luz continuava a crescer e à medida que crescia, subindo do chão para o céu, ia tomando a forma dum cone.
Era um grande triângulo radioso cujo cimo subia mais alto do que todas as árvores.
Agora toda a floresta se iluminava. Os gelos brilhavam, a neve mostrava a sua brancura, o ar estava cheio de reflexos multicolores, grandes raios de luz passavam entre os troncos e as ramagens.
-Que maravilhosa fogueira – pensou o Cavaleiro -. Nunca vi fogueira tão bela.
Mas quando chegou em frente da claridade viu que não era fogueira. Pois era ali a clareira de Bétulas onde ficava a sua casa. E ao lado da casa, o grande abeto escuro, a maior árvore da floresta, estava coberta de luzes. Porque os anjos de Natal a tinham enfeitado com dezenas de pequeninas estrelas para guiar o cavaleiro.



DESCULPEM ENVIAR TAMBÉM ESTE CONTO, MAS QUANDO O LI ACHEI QUE MAIS UM NÃO É DEMAIS...
POIS É UM CONTO PEQUENINO, MAS MUITO BONITO.


Mas seguindo a proposta da aula de Evolução da Comunicação Linguística e Didáctica da Língua Materna e visto considerar que a área da biblioteca também contribui bastante para o desenvolvimento da criança, pois, a criança quando vai para a área da biblioteca não sabe ler, mas através da visão imagina a sua história, desenvolvendo-se assim a sua imaginação e criatividade. Com esta área as crianças deverão ganhar interesse pela escrita, pelo ler e escrever, pelo desenho. O que de facto, lentamente e no decorrer do tempo se vai observando. Por exemplo: as crianças podem levar revistas ou livros para a manta e contar ou comentar a história da forma como a vêem. Também podem levar para as mesas e copiar as figuras, do livro ou revista, desenhando ou mesmo tentar copiar as letras. Ao mesmo tempo esta área também serve como treino e exercício do pensamento e articulação da linguagem. “Os contos representam um importante papel na iniciação literária das crianças, que começa por ser feita através da mediação oral muito antes de a criança aprender a ler. (…) Contar em boas condições, contos às crianças aumenta as hipóteses de as transformar em «bons leitores». (…) A idade das crianças determinará o grau de exploração e os modos de análise a que se poderá proceder.” (Maria Emília Traça, 1992, p. 116).

Vânia Leal

 

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