Didáctica da Língua em Rede - Educação de Infância

Na era das TIC impunha-se a criação de um espaço de formação interactiva, complementar à vida da sala de aula. Aqui está ele! Aberto à publicação de textos, imagens, pedidos de ajuda, sugestões...Aqui está a possibilidade de continuarmos e explorar as potencialidades da nossa língua portuguesa. Enviem as vossas publicações para educinf@hotmail.com. Todos seremos poucos. Bem-vindos!!! ENDEREÇO PARA "POSTAGENS": educinf@hotmail.com JMCouto

30 outubro 2006

"A Prenda"

A PRENDA

Há certo tempo atrás, na véspera do dia de Natal, um homem castigou a filha
de três anos por desperdiçar um rolo de papel de presente dourado.
O dinheiro escasseava naqueles dias, razão pela qual o homem se enfureceu ao
ver a menina envolvendo uma caixinha, com aquele caro papel dourado, e
colocá-la depois debaixo da árvore de Natal.
Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menina levou o presente ao pai dizendo:
- Isto é para si, paizinho!
Ele sentiu-se envergonhado da furiosa reacção da véspera, mas voltou a
"explodir" quando viu que a caixa estava vazia.
- Então não sabes que quando se dá um presente a alguém se coloca SEMPRE
alguma coisa dentro da caixa?
A criança olhou para cima, com os olhos marejados de lágrimas, e disse:
- Oh, Paizinho, não está vazia. Eu soprei milhões de beijos dentro da caixa.
Todos para si!
O pai quase morreu de vergonha. Abraçou a filha e pediu-lhe perdão.


Diz-se que o homem guardou a caixa dourada ao lado da cama por anos e anos,
e sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, ele pegava na caixa e
apanhava um dos beijos imaginários que a filha lá tinha colocado.

Catarina Sousa

4 Comments:

At 30/10/06 23:32, Anonymous Anónimo said...

Catarina,
Aquilo que tenho a dizer da história que partilhas connosco é "...". Não tenho palavras para descrever o que senti ao lê-la.
Penso na tristeza que a menina teve ao ouvir o pai pronunciar tais palavras, depois dela se ter empenhado tanto em oferecer-lhe uma prenda.
Sim, bem sei que não foi uma prenda material, mas não será este tipo de prendas as mais importantes a serem recebidas por nós?
Não serão os afectos, a demonstração do amor e da amizade mais importantes que qualquer prenda do tamanho do mundo que possamos receber?
Nada no mundo pode substituir ou comprar os verdadeiros sentimentos de amor e amizade para com os outros, por isso, amemo-nos incondicionalmente...
Beijos,
Sílvia Ferreira

 
At 31/10/06 09:46, Anonymous Anónimo said...

Será que não é isto que fazemos muitas vezes às nossas crianças?

 
At 31/10/06 19:44, Anonymous Anónimo said...

Olá Catarina!

Gostei muito da história, aliás já a li várias vezes, contudo penso, apesar de não querer acreditar, que esse tipo de "tortura" já não existe. Contudo tenho plena consciência que, e como já o referi numa das aulas, nós também somos responsáveis por se cometer estas atrocidades. Somos? Perguntam vocês? Somos porque a culpa de, por exemplo, haver maus profissionais não é unicamente da escola ou instituição que os forma, mas também de quem assiste e nada faz. Quantas vezes camuflamos atitudes e acções que advogamos e contra elas nada fazemos? Não estaremos a abonar cegamente o que é visível? Pois bem, temos de assumir culpabilidades, quando falamos em maus profissionais de Educação, pois eu ainda hoje sofro de um caso de violação de propriedade de E-mail, por uma colega de turma, à qual outras foram cúmplices e sabes qual foi a resposta das Leis abrangentes? Não há provas visíveis! Agora pensem que são estes profissionais de Educação que vão educar as nossas crianças e quem sabe os nossos filhos!
Em suma, com esta história recordei que o mais importante não é material mas sim o que faz de nós seres únicos, o coração!

 
At 31/10/06 20:53, Anonymous Anónimo said...

Sara, li o teu comentário e não posso deixar de o comentar. É horrível o que te fazem. Invadir o teu e-mail???
Isso é invasão de propriedade!
Lamento saber que há colegas de turma que fazem isso. Afinal estamos a estudar para quê? Para sermos educadoras? Para educarmos que? As crianças? Os pais? A comunidade? Sim, todos os intervenientes na educação das nossas crianças... Mas, POR FAVOR, lembrem-se, só podemos educar as nossas crianças e os outros quando nos educarmos a NÓS próprios...
Sejamos honestos e façamos a diferença.

Beijos
Sílvia Ferreira

 

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