Didáctica da Língua em Rede - Educação de Infância

Na era das TIC impunha-se a criação de um espaço de formação interactiva, complementar à vida da sala de aula. Aqui está ele! Aberto à publicação de textos, imagens, pedidos de ajuda, sugestões...Aqui está a possibilidade de continuarmos e explorar as potencialidades da nossa língua portuguesa. Enviem as vossas publicações para educinf@hotmail.com. Todos seremos poucos. Bem-vindos!!! ENDEREÇO PARA "POSTAGENS": educinf@hotmail.com JMCouto

26 novembro 2006

A criança aprende brincando.

Olá a todos. Estava a navegar e encontrei um site onde retirei esta pequena
"notícia". Acho pertinente para nós, enquanto futuras educadoras de infância.
Espero que seja oportuno para todas.

A criança aprende brincando.
Brincar é o seu “trabalho” principal.
Brincar é essencial para a criança. As crianças precisam de brincar e esse é o
seu “trabalho” principal. Brincar é um direito inerente à criança e um factor
essencial para o seu desenvolvimento emocional, cognitivo, físico e social.
Permite-lhe tornar-se mais activa, imaginativa e criativa e dá-lhe oportunidade
de desenvolver potencialidades e treinar competências importantes. A brincadeira
é, sobretudo, a forma primordial que a criança tem de conhecer o mundo que a
rodeia, de perceber e assimilar impressões e acontecimentos, de aprender a
relacionar-se com os outros. A criança aprende brincando.
Mil formas de brincar
O brincar pode assumir inúmeras formas. Pode-se brincar com os pais, sozinho,
com um amigo ou em grupo; pode-se brincar com jogos, com brinquedos, com
palavras, ao faz-de-conta, etc. Até aos 3 / 4 anos de idade, é normal que as
crianças não tenham muito interesse por actividades de grupo e por brincadeiras
com outras crianças.
É comum quererem os brinquedos umas das outras mas não conseguirem estabelecer
uma brincadeira em conjunto. Nestas alturas, os pais devem dar oportunidade à
criança para brincar sozinha, deixando que ela lide com situações de disputa com
outras crianças. Só assim aprenderá a ter confiança em si própria e sentirá que
consegue resolver, sozinha, os seus problemas.
Emprestar e devolver
Claro que os pais devem intervir se houver risco das crianças se magoarem e mais
tarde devem conversar acerca da situação, mostrando que emprestar um brinquedo a
outra criança não significa ficar sem ele e ajudando a colocar-se no lugar do
outro, no sentido em que não iria gostar se também não lhe quisessem emprestar
um brinquedo.
O importante é estimular a criança a compreender os conceitos de emprestar e
devolver, de esperar pela sua vez, de ganhar ou perder. Quando uma criança
prefere brincar sozinha, a sua vontade deve ser respeitada. Apesar de podermos
tentar perceber o que se passa e incentivá-la a brincar com outras crianças, não
a devemos obrigar a fazê-lo.
Privacidade
É importante ter a noção de que as crianças precisam de privacidade para
reflectir e para se conhecerem. É importante que os pais aprendam a confiar no
seu filho e a respeitar a sua individualidade. Por vezes, quando está a brincar,
a criança não quer ser importunada pelos adultos. Os adultos devem perceber que,
quando ela precisar da sua atenção, encarregar-se-á de os chamar e nesse momento
as brincadeiras com os pais são de extrema importância.
Espaço
Assim, os pais devem dar à criança espaço para explorar os brinquedos, estando
disponíveis para as questões que ela coloque ou para o caso de ela pedir ajuda.
Devem encorajar as suas manifestações espontâneas, permitindo-lhe tomar a
iniciativa e participando nas suas fantasias.
Podem, no entanto, introduzir novas propostas e estimular a resolução de
problemas. É também importante não esquecer que os brinquedos devem ser
adequados à idade e fase de desenvolvimento da criança.
A socialização
A partir dos 4 anos a criança iniciará o seu processo de socialização, que será
mais fácil e rápido se tiver outras crianças da mesma idade à sua volta. As
crianças que, desde cedo, frequentam infantários e creches têm, normalmente,
menos dificuldade em começar a partilhar e a brincar com outras crianças.
O mesmo acontece com as crianças que têm irmãos mais velhos. Quando isso não
acontece, levar a criança a um parque infantil é uma forma de a colocar em
contacto com outras crianças num espaço que não é seu nem dos outros, mas sim de
todos.
Existem também ludotecas, que são espaços somente dedicados à brincadeira, onde
as crianças podem brincar umas com as outras, ao mesmo tempo que são orientadas
por animadores especializados, para que aprendam a partilhar, a respeitar regras
e a esperar pela sua vez.
Inibição e ansiedade
Quando a criança começar a interagir com outras crianças é importante que os
pais a deixem estabelecer o seu lugar, observando-a de longe mas não
interferindo. Se, após sucessivos convites e tentativas, a criança insistir em
brincar sozinha, poder-se-á colocar a hipótese de existência de comportamentos
de inibição, provavelmente por sentir receio de enfrentar os outros.
Se assim for, os pais devem entender a situação e não a obrigar a ter
brincadeiras que não quer. Se o constrangimento for muito intenso, podendo mesmo
ser acompanhado de manifestações físicas de ansiedade, como suores ou tremores,
será conveniente procurar um especialista em psicologia infantil.
Mas, na maioria das situações, o querer brincar só não indica nada de errado,
corresponde apenas a uma forma de se conhecer a si própria, de construir a sua
identidade, de resolver questões suas através do brincar.


http://bebe.sapo.pt/Xz664/668075.html
Beijos
Carla Almeida

1 Comments:

At 27/11/06 16:30, Anonymous Anónimo said...

Olá.
Acho este artigo muito interessante, penso que todas deveriam de o ler, pois com ele podemos ver realmente a importância de brincar.
Concordo perfeitamente que o brincar é essencial para as crianças, só que muitas vezes não se dá o devido valor às brincadeiras das crianças. Na minha perspectiva, hoje em dia o educador limita muito as brincadeiras das crianças, esquecendo que estas brincadeiras são muito importantes para o crescimento e futuras aprendizagens das crianças.
Obrigada por partilhares o artigo connosco.
Beijos, Telma

 

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