16 fevereiro 2007
15 fevereiro 2007
Desde a sua fundação que a APEI tem realizado, com frequência bianual, um Encontro Nacional.
Esta iniciativa, com abrangência nacional e internacional, pretende constituir-se como um espaço de reflexão e partilha entre profissionais de educação de infância.
Julgamos poder contribuir com recomendações que possam apoiar a tomada de decisão, por parte dos responsáveis pela Educação de Infância.
A Europa, e Portugal em particular, vivem, actualmente, um momento de grandes mudanças, incertezas e de inquietude.
Das grandes questões em torno da Educação que preenchem a actualidade, elegemos três para Pensar a(s) Infância(s):
- Novas perspectivas da profissão
(formação inicial, formação contínua, Estatuto da Carreira Docente, ética profissional);
- Avaliação/Competências
(na perspectiva da avaliação das aprendizagens das crianças, auto e hetero avaliação dos profissionais e das instituilções, avaliação do sistema);
- Sociologia da Infância
(incluíndo questões que se prendem com a sustentabilidade da EPE).
Podem ver esta infomação na página da APEI, apei.no.sapo.pt.
Eunice Cunha
Ser Forte
Como não consigo colocar videos deixo-vos aqui o site onde podem reflectir e amenizar o que muitos de nós sente neste momento!
Espero que gostem, cliquem no título para verem o filme e renovem-se com toda a força possivel.
Sara Silva
12 fevereiro 2007
Educação Pré-Escolar - Uma Paixão Esquecida?
A Educação Pré-escolar tem vivido, nos últimos 4 anos, um novo período da sua existência de 23 anos enquanto sector da Educação assumido pelo Ministério da Educação e com uma rede pública de jardins de Infância. Justifica-se, pois, o lançamento de algumas questões que alimentem o debate sobre um segmento do Sistema Educativo que tem sido, muitas vezes, fonte para bonitos discursos políticos e promessas eleitoralistas sem tradução em medidas de fundo que afirmem uma aposta séria na Educação Pré-escolar.Para melhor se compreender esta problemática e os seus constrangimentos, precisamos conhecer um pouco da sua história, particularmente durante o período do Estado Novo e as profundas alterações e inovações que a Revolução de Abril proporcionou.
As raízes
Com raízes no final do Séc. XVIII, a moralização das práticas sociais e educativas e a modelagem do comportamento das crianças tornou-se progressivamente numa tarefa de grande importância social. A "ideologia da maternidade" (Vilarinho,00) que o Estado Novo levou ao extremo e que situou o modelo de "boa mulher" em ser boa esposa, boa mãe e boa dona de casa, inscrevia-se numa política de aposta na Família (um dos vértices do triângulo que sustentou o Salazarismo: Deus-Pátria-Família) e originou o aparecimento de novos agentes de assistência e apoio maternal. O Estado, com a ajuda de várias sociedades filantrópicas que surgiram, levou por diante a tarefa de apoiar, através da educação, as famílias mais desvalidas, sob a nova matriz ideológica de reeducação da sociedade portuguesa, desenvolvendo-se assim novos mecanismos de controle, vigilância e inculcação da ideologia dominante.Surgiram deste modo muitas instituições de cariz assistencial e de carácter moralizador, que faziam tábua rasa dos contextos das crianças originando novas formas de violência (não apenas psicológica) sobre elas. Paralelamente, e acompanhando as ideias para a educação e formação das elites, surgiram alguns jardins de infância particulares, cujo enfoque era já a introdução às aprendizagns que a sua classe social exigia. Na década de 50 surgiram também as duas primeiras escolas particulares de educadoras de infância, nascidas de movimentos católicos onde o espírito de missão e apostolado são elementos fundamentais de formação. Não é difícil imaginar que o público - mulheres - destas escolas fosse proveniente da burguesia endinheirada e com prestígio o que contribuía para o elitismo social da profissão de educadora de infância. Nos anos 60 e 70, o fluxo de migração das aldeias para as cidades e o aumento da taxa de trabalho feminino, consequência de variadas alterações sociais, leva a uma procura cada vez maior dos serviços para a infância, verificando-se assim uma expansão das creches e jardins de Infância de natureza privada e assistencial. O que então se priveligiava era a guarda das crianças, em detrimento de preocupações pedagógicas ou de respeito pela individualidade das crianças, caracteristíca que ainda hoje pesa nas instituições privadas de solidariedade social.
http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=1104
Telma Martins
11 fevereiro 2007
Como desenvolver a auto-estima, nas crianças
2 - Deixe-os expressar sentimentos, mesmo negativos. Evite o discurso: "Não se chora", "Isso não é nada", "Tem coragem".
3 - Quando apropriado, deixe que eles tomem as próprias decisões.
4 - Trate-os com cortesia. Respeite os seus espaços e possessões, diga‑lhes se faz favor e obrigado.
5 - Dê-lhes bastante encorajamento e afecto, mas na justa medida. Falsos louvores só levam a uma falsa percepção das capacidades. Valorize mais o esforço que fazem do que o rendimento que obtêm.
6 - Use a empatia. Quanto melhor entender as crianças e jovens, menos paciência precisará para lidar com eles, pois estará a perceber o seu ponto de vista. Ajude-o a desenvolver a empatia levando-o a partilhar sentimentos, bons e maus. Vá-lhe perguntando como se sente e se ele entende como os outros se sentem.
7 - Evite expressões como: "Tu deves, porque eu quero, não há discussão, vai imediatamente, cala-te." Ninguém gosta de ser mandado, tenha a idade que tiver.
8 - Partilhe com ele aquilo que você gosta, valoriza e ama. Dê-se mais.
9 - Seja entusiasta; positivo e alegre. Ensine-as que é bom exprimir os nossos sentimentos, que não faz mal estar nervoso ou zangado. 0 que se faz com essas emoções é que convém controlar, para não provocar sofrimento nos outros.
10 - Quando as crianças chegam a casa, e lhes perguntamos como correu o dia, tendem a responder com algum episódio negativo. Experimente perguntar-lhe: "Fala-me das coisas mais giras do teu dia."
Catarina Fonseca - JANEIRO 1 2000 • ACTIVA Nº 110 pp 106-109
Fonte: Helena Marujo, Luis Miguel Neto e Mª Fátima Perloiro - "Educar para o Optimismo" - Ed. Presença
Um artigo também muito interessante que nos ajuda a construir uma perspectiva pessoal de educação de infância e alicerça o conceito que devemos de ter sobre as crianças.
Espero que seja interessante para vocês!
Beijos Sara Silva
Um educador optimista
2 - Sabe que a forma como olha, interpreta e sente a realidade determina em muito essa mesma realidade. Vê o melhor e espera o melhor.
3 - É aquele que, em Portugal, vai contra a cultura do desânimo, do desalento e da crítica.
4 - Acredita que ‘o destino não está marcado'. Pode - e deve - transformar sonhos em realidades.
5 - Nunca se esquece que tem nas mãos uma parte central do seu próprio futuro e do futuro dos seus educandos.
6 - Sabe que um insucesso ou um erro não é um pecado, mas uma óptima experiência de aprendizagem. Anota, aprende e segue em frente.
7 - Está atento à construção da imagem positiva dos seus educandos, valorizando-os, aceitando as suas insuficiências e perdoando-os nas suas imperfeições.
8 - Sabe que os outros têm sempre razões para se comportarem como se comportam, e que mesmo nas pessoas mais difíceis é possível ver talentos.
9 - Gosta de si, aprecia-se e transmite entusiasmo aos outros.
10 - Sabe lidar de forma controlada com as emoções mais negativas que os seus educandos lhes provocam. Ouve mais do que fala, respeita mais do que impõe.
Encontrei este artigo a pensar nas pessoas que estão a fazer a memória sobre este tema. Mas também achei interessante para qualquer Educador. Será que alguém é capaz de me dizer, para além das que já foram referidas, uma frase que se identifique com um Educador Optimista? Desafio-vos.
Beijos e uma boa semana.
Sara Silva