Didáctica da Língua em Rede - Educação de Infância

Na era das TIC impunha-se a criação de um espaço de formação interactiva, complementar à vida da sala de aula. Aqui está ele! Aberto à publicação de textos, imagens, pedidos de ajuda, sugestões...Aqui está a possibilidade de continuarmos e explorar as potencialidades da nossa língua portuguesa. Enviem as vossas publicações para educinf@hotmail.com. Todos seremos poucos. Bem-vindos!!! ENDEREÇO PARA "POSTAGENS": educinf@hotmail.com JMCouto

25 novembro 2006

História Antiga

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.

E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da nação.

Mas, por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
(Miguel Torga)
Beijinhos Silvia Ferreira

Haja Coragem

(Para Sandra)
vem
toma a primeira nuvem que passar
alça-te ao céu
no silêncio do vôo de um morcego
vem
tranquila e lenta
em sossego
na esteira
prateada do luar
vem
embalando nos teus braços
o segundo
o minuto
a hora
o dia
por nascer aqui
há mais espaço
e há mais mundo
há mais caminho
ainda a percorrervem
e na viagem transforma
o medo
o mar
em larga rua
por onde corra
e salte
solto
o pensamento
aqui a noite é tua
e há sempre vento
vem
antes que o sonho morra...
...haja coragem

.J. M. Restivo BrazTelma Martins

24 novembro 2006

Ser forte

Quando estás triste sorris?
Quando pensas em desistir lutas?
Demonstras alegria quando não a sentes?
Escondes a tua angustia para que ninguém a perceba?
Ajudas sem esperar nada em troca?
...
ENTÃO ÉS FORTE!

Gostava de lançar aqui um desafio durante este fim de semana. Assim, as pessoas fortes têm de publicar uma mensagem sobre coragem e vontade, depois a todas as pessoas que deixarem a sua mensagem eu farei um livro e entregarei a cada participante.
Contribuam e sejam fortes!"A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável"

(Mahatma Gandhi)

Bjs Sara Silva

23 novembro 2006

A minha rena de corda


O Natal estava a chegar e eu sonhei que era o Pai Natal...


Propô-mos que continuem esta história e enviem para ser publicada.
Participem nesta iniciativa.

O grupo: Catarina S. e Diana B.

A fábrica dos brinquedos


Há muito, muito tempo, viveu um homem muito grande e forte mas também muito velhinho. As barbas brancas quase lhe tocavam no peito e o seu cabelo comprido estava em desalinho. Um dia, Nicolau - assim se chamava ele - sentou-se ao pé da janela a meditar. A certa altura, olhou através da vidraça: lá fora nevava. Era Inverno! Os vários pinheiros do seu jardim estavam cobertos de um manto espesso e branco. Porém, umas pegadas na neve despertaram-lhe a atenção. Um pouco mais adiante, estava um mendigo. Esse pobre homem, que era um sem-abrigo, estava mal agasalhado, descalço e sozinho. Noel, que tinha um coração de ouro, abriu a janela e chamou-o:- Vem cá, homem! Onde é a tua casa?
- Ah! A minha casa?! Eu não tenho casa.
- E a tua família?- Oh! Esses…nunca os conheci. Vivia com a minha avó, mas ontem ela morreu, não aguentou o frio deste Inverno…- Meu Deus! Mas, que vida tão triste a tua! E agora?! Com quem vives? Sozinho?- Sim, agora vivo sozinho.- Mas… e ... e não tens frio, mal agasalhado e descalço? Bem que precisas de um par de sapatos, de uma camisola e de um casaco! Vou pedir à minha mulher que te faça uma camisola e vou fazer-te eu próprio um par de sapatos! E sabes que mais? Se quiseres colaborar comigo!- Oh! Muito obrigado, senhor. Que devo fazer para colaborar consigo?- Eu vou explicar tudo: a minha mulher andava a dizer-me que eu precisava de um trabalho para me entreter. Eu fiquei um bocado confuso: como poderia eu arranjar um emprego de um dia para o outro? E então, quando te vi, lembrei-me imediatamente de um bom passatempo para nós os dois! E até fazíamos uma boa acção e tudo! A minha ideia era construirmos uma fábrica de brinquedos onde trabalharíamos todo o ano para obtermos os melhores e mais bonitos presentes para oferecermos aos meninos bem comportados no final do ano. Podíamos também dar um nome à data de entregar as prendas. Hummm, pode ser NATAL, em honra da minha mulher Natália. - O senhor, isto é, o Nicolau tem ideias fabulosas! Para mim o senhor é um verdadeiro santo! - Oh! Oh! Oh! Não sou nada! Sou apenas o Pai Natal! É um bom nome para quem inventa o NATAL! No NATAL, todas as prendas devem estar prontas. Treinarei as minhas renas para grandes viagens, prepararei o meu trenó e… já me estou a ver a cruzar os céus!!!!! Só tu poderás estar comigo no trenó, para levares o saco com as prendas! - Mas, Pai Natal, quando é que vai ser o NATAL? - Oh! Meu Deus! Não tinha pensado nisso! Mas, até pode ser no dia em que nasceu Jesus! Ele ficaria orgulhoso de nós! Portanto o NATAL é no dia 25 de Dezembro! É verdade, como te chamas meu amigo? - Chamo-me Cristóvão. - Muito bem, Cristóvão, vamos já contar tudo à minha mulher! Natália ficou encantada com a ideia do marido e prontificou-se logo a chamar todos os duendes empregados para ajudarem na construção da fábrica. Estes adoraram a ideia de passar a trabalhar numa fábrica e empenharam-se mais que nunca na sua construção. Em menos de cinco dias a fábrica estava pronta! Naquele ano todos os duendes tiveram de trabalhar em velocidade máxima, pois o NATAL estava à porta! Todos os dias a fábrica de brinquedos do Pai Natal recebia dezenas de cartas de todos os meninos e meninas do mundo, a encomendarem os seus presentes de NATAL. A todas as cartas o Pai Natal respondia dizendo que se portassem bem. E o prometido é devido: os duendes carregaram as prendas até ao trenó e Cristóvão pô-las no grande saco do Pai Natal.À meia-noite em ponto, o trenó cruzava o céu puxado pelas renas, carregando o saco dos presentes, o Pai Natal, e, claro, Cristóvão!Ainda hoje, sempre que é a noite de Natal, podemos ver o grande trenó com o Pai Natal e Cristóvão, se olharmos para o céu à meia-noite em ponto …
Com esta história pedemos alimentar o sonho das crianças. Afinal, o Pai Natal existe e à meia noite em ponto devemos olhar todos para o céu, pois ele pasará em nossas casas, para desejar um Feliz Natal.
O grupo: Catarina Sousa e Diana Baptista

22 novembro 2006

Vocês podem vencer!

Desculpem estar em brasileiro mas a mensagem é perceptivel e é uma partilha interessante para cada um de nós.Todos temos capacidades para vencer, para acreditar num futuro melhor. Não desistam e acreditem sempre que podem vencer!
Espero que gostem!

Beijos Sara

A cor da Lágrima...



Por que a lágrima não tem cor?
Enquanto chorava, pus-me a pensar:
Se fosse vermelha como sangue,
As minhas vestes poderiam manchar.

Se a lágrima fosse amarela,
A cor da alegria, expressar tristeza
jamais poderia.

Se fosse azul, a cor da serenidade,
Eu não choraria jamais.
Seria só tranqüilidade.

Se fosse branca
como pétalas de rosas,
Não seriam lágrimas... mas pérolas preciosas.

Ainda mais uma vez,
Fiquei me questionando...
Por que a lágrima não tem cor?

Se ela fosse preta
Só expressaria o horror?
Por que será que a lágrima não tem cor?

A lágrima não tem cor...
Porque nem sempre exprime dor.

E se ela fosse roxa, como poderia
Expressar a alegria?

As lágrimas não têm cor
Porque são expressões da alma.

Se a lágrima tivesse cor,
Deveria ter a cor do amor
Ou mesmo a cor da paixão
Que, às vezes, invade o coração.

Ou, talvez, a cor da tristeza
Que abala a alma e tira a calma,
Mas faz em meu ser uma limpeza.

Se a lágrima tivesse cor,
Poderia ser vermelha como o sangue.

A lágrima não tem cor.
Porque ela nos aproxima do nosso Criador.
Se a lágrima tivesse cor
Eu só iria chorar de alegria.
Mas, e a lágrima da saudade?
De que cor ela seria?

E a lágrima da decepção,
De que cor seria, então?

Se a lágrima tivesse cor,
Deveria ter uma cor brilhante.
Como a lágrima é preciosa,
Deus deu-lhe a cor do diamante.

O grupo: Catarina Sousa e Diana Baptista

O significado do Natal

O Natal surge como o aniversário do nascimento de Jesus Cristo, Filho de Deus, sendo actualmente uma das festas católicas mais importantes. Inicialmente, a Igreja Católica não comemorava o Natal. Foi em meados doséculo IV d.C. que se começou a festejar o nascimento do Menino Jesus, tendo oPapa Júlio I fixado a data no dia 25 de Dezembro, já que se desconhece a verdadeira data do Seu nascimento. Uma das explicações para a escolha do dia 25 de Dezembro como sendo o dia deNatal prende-se como facto de esta data coincidir com a Saturnália dos romanos e com as festas germânicas e célticas do Solestício de Inverno, sendo todas estas festividades pagãs, a Igreja viu aqui uma oportunidade de cristianizar a data, colocando em segundo plano a sua conotação pagã. Algumas zonas optaram por festejar o acontecimento em 6 de Janeiro, contudo, gradualmente esta data foi sendo associada à chegada dos Reis Magos e não ao nascimento de Jesus Cristo. O Natal é, assim, dedicado pelos cristãos a Cristo, que é o verdadeiro Sol de Justiça (Mateus 17,2; Apocalipse 1,16), e transformou-se numa das festividades centrais da Igreja, equiparada desde cedo à Páscoa. Apesar de ser uma festa cristã, o Natal, com o passar do tempo, converteu-se numa festa familiar com tradições pagãs, em parte germânicas e em parte romanas. Sob influência franciscana, espalhou-se, a partir de 1233, o costume de, em toda a cristandade, se construírem presépios, já que estes reconstituíam a cenado nascimento de Jesus. A árvore de Natal surge no século XVI, sendo enfeitada com luzes símbolo de Cristo, Luz do Mundo. Uma outra tradição de Natal é a troca de presentes, que são dados pelo Pai Natal ou pelo Menino Jesus, dependendo da tradição de cada país. Apesar de todas estas tradições serem importantes (o Natal já nem pareceria Natal se não as cumpríssemos), a verdade é que não nos podemos esquecer que o verdadeiro significado de Natal prende-se com o nascimento de Cristo, que veio ao Mundo com um único propósito: o de justificar os nossos pecados através da sua própria morte. Nesses tempos, sempre que alguém pecava e desejava obter o perdão divino, oferecia um cordeiro em forma de sacrifício. Então, Deus enviou Jesus Cristo que, como um cordeiro sem pecados, veio ao mundo para limpar ospecados de toda a Humanidade através da Sua morte, para que um dia possamos alcançar a vida eterna, por intermédio Dele, Cristo, Filho de Deus. Assim, não se esqueçam que o Natal não se resume a bonitas decorações e apresentes, pois a sua essência é o festejo do nascimento Daquele que deu a Sua vida por nós, Jesus Cristo.
Telma Martins.

21 novembro 2006

Poema de uma criança

Os meus olhos estão inchados
Não consigo ver.
Eu devo ser estúpida
Eu devo ser má,
O que mais poderia por o meu pai em tal estado?
Eu gostaria de ser melhor
Gostaria de ser menos feia
Então, talvez a minha mãe me viesse sempre dar miminhos.
Eu não posso falar
Eu não posso fazer asneiras,
Senão fico trancada todo o dia.
Quando eu acordo estou sozinha
A casa está escura
Os meus pais não estão em casa.
Quando a minha mãe chega,
Eu tento ser amável,
Senão eu talvez levaria
Uma chicotada à noite.
Não faças barulho!
Acabo de ouvir um carro
O meu pai chega do bar do Carlos.
Ouço-o dizer palavrões.
Ele chama-me.
Eu aperto-me contra o muro.
Tento-me esconder dos seus olhos demoníacos.
Tenho tanto medo agora
Começo a chorar.
Ele encontra-me a chorar
Ele atira-me com palavras más,
Ele diz que a culpa é minha, que ele sofra no trabalho.
Ele esbofeteia-me e bate-me,
E berra comigo ainda mais,
Eu liberto-me finalmente e corro até à porta.
Ele já a trancou.
Eu enrolo-me toda em bola
Ele agarra em mim e lança-me contra o muro.
Eu caio no chão com os meus ossos quase partidos,
E o meu dia continua com horríveis palavras... "
Eu lamento muito!", eu grito
Mas já é tarde de mais
O seu rosto tornou-se num ódio inimaginável.
O mal e as feridas mais e mais
"Meu Deus por favor, tenha piedade!
Faz com que isto acabe por favor!"
E finalmente ele pára, e vai para a porta,
Enquanto eu fico deitada,
Imóvel no chão.
O meu nome é "Sara"
Tenho 3 anos,
Esta noite o meu pai matou-me.

Existem milhões de crianças que assim como a "Sara" são mortos.
Não podemos ficar indiferentes... temos que lutar contra esta crueldade e denunciar!

Emília Oliveira

Não tenhas medo de arriscar



"Havia um rei que, quando fazia prisioneiros, não os matava; levava-os para uma sala onde havia um grupo de arqueiros, num canto, e uma imensa porta de ferro, noutro, com figuras de caveiras cobertas de sangue. Dizia aos prisioneiros: - Vocês podem escolher entre morrer alvejados pelos meus arqueiros ou entrar naquela porta e ficarem lá trancados. Todos os que por ali passavam preferiam ser mortos pelos arqueiros. Um dia, um soldado perguntou ao rei: - O que há por trás daquela assustadora porta? - Vá e veja você mesmo - respondeu o rei. O soldado então abriu, vagarosamente, a porta e percebeu que, à medida que o fazia, raios de sol iam entrando e clareando o ambiente, até que, quando ela estava totalmente aberta, notou que dava acesso a um caminho que levaria à liberdade quem por ela passasse. O soldado ficou espantado, e o rei disse: - Eu dou a todos a possibilidade de escolha, mas todos preferem morrer a arriscar abrir esta porta."

Quantas portas da nossa vida deixámos fechadas porque tivémos medo de arriscar? Pensem nesta história e reflictam as vezes que compactualizamos com o medo em vez de arriscar e tentar! Abram as Janelas, as portas e arrisquem. E nunca se esqueçam «Um dos principais objectivos da educação deve ser aumentar as janelas pelas quais vemos o mundo» Arnold Glasow

Sara Silva

Presente de Natal

Quero que todos os dias
Sejam dias de Natal
Para todos terem alegria
E a ninguém lembrar o mal
Ò menino! Não te esqueças
De me dar um presente
Transforma todos os dias
Em Natais p'ra toda a gente.
Em Natais quentes de amor
Com cestos cheios de pão
Com luzes, sinos e febres
Com homens todos irmãos.

Mais um para declamar?
Beijo
Salomé Rodrigues

O pequeno Abeto

O Natal está a chegar!
As crianças estão ansiosas para enfeitar a árvore de natal por isso, lançamos uma proposta de actividade.
O conto que a seguir transcrevemos, pode ser um bom ponto de partida para enfeitar com as crianças, a árvore de natal do nosso centro de estágio.
Fica a sugestão de fazer uma dramatização da mesma.
Participem com outras propostas de actividade.

O PEQUENO ABETO



Era uma vez um pequeno abeto que tinha crescido na floresta. Durante quase todo o ano os seus vizinhos troçavam dele.
- És tão pequeno! - Disse-lhe o enorme cedro.
- Nem sequer podes dar sombra! - Troçou o carvalho de ramos fortes e copa larga.
- Tens agulhas em vez de folhas! - Disse-lhe o plátano.
Uma certa noite, o pequeno abeto olhou para a estrela mais brilhante que havia no céu e fez-lhe um pedido:
- Estrela cintilante, faz com que eu seja uma verdadeira árvore!
Mas na manhã do dia seguinte o abeto continuava a ser ainda uma árvore pequena.
O tempo foi passando. Estava mesmo a chegar o Inverno e também o Natal. Os vizinhos do pequeno abeto - o cedro, o carvalho e o plátano - há muito tempo que tinham adormecido no longo sono de Inverno, todos despidos de folhas. Pareciam mortos! Só o abeto estava desperto no silêncio da floresta!
De repente, ouviu barulho. Eram três crianças que se aproximavam, acompanhadas por um adulto.
- Ora aqui está a árvore que vamos enfeitar este ano! - disse o senhor.
- É tão lindo! - Disse uma das crianças, colocando-lhe uma estrela na cabeça.
- É tão bem feito! - Disse outra criança, enfeitando-o com um fio de Natal.
- Tem umas folhas tão fininhas! - Disse a terceira criança, colocando-lhe uma linda e brilhante bola de Natal.
Depois de o terem enfeitado, os quatro amigos afastaram-se e sorriram.
- Está lindo, não está? - Perguntou o senhor. E todos concordaram com ele e sorriram ainda mais.
O abeto, muito satisfeito e mesmo sabendo que os humanos não conseguiam ver, sorriu também.


O grupo: Catarina Sousa e Diana Baptista

O conto e as suas Potencialidades lúdico-pedagógicas

Trabalho colectivo:

Como foi referido na aula de Linguística, aqui está o conto para que todas possamos colaborar, com sugestões e possíveis actividades para serem realizadas em contexto de jardim-de-infância.
Esperamos assim a vossa colaboração e que este trabalho, seja uma mais valia para a nossa formação pessoal e profissional.
Ana, Cecília, Vera

Conto: "A Promessa de Natal"

A PROMESSA DE NATAL

Vi um camião cheio de árvores de Natal e cada uma tinha uma história para contar. O motorista colocou-as em fila e ficou à espera que as pessoas as viessem comprar. Pendurou umas luzinhas brilhantes e uma placa em que se podia ler em encarnado:ÁRVORES DE NATAL PARA VENDER.
Quando o homem se servia de chocolate quente duma garrafa térmica fumegante, uma mãe, um pai e um menino pararam o carro apressados e começaram a procurar a árvore mais bonita de todas.O rapazinho ia à frente e com um olhar reluzente, exclamou:
- Elas têm cheiro de Natal, mãe! Sinto o cheiro de Natal em todo o lado.Vamos comprar uma árvore de quilómetros de altura. A maior que pudermos encontrar. Uma árvore que chegue ao tecto e nem dê para carregar. Uma árvore tão grande que até mesmo o Pai Natal, quando olhar, se admire e diga: "Esta é a árvore mais bela que já vi neste Natal!"
Para achar o pinheirinho perfeito procuraram com muito cuidado. Aqui e ali, e até mais de uma vez, o pai examinou e balançou mais de seis.
- Mãe, mãe, encontrei, encontrei o pinheirinho de que mais gostei! Tem um raminho partido, mas pode ficar disfarçado. Do anjinho da avó tiraremos o pó e lá no alto ficará a guardar-nos. Podemos comprá-la? Por favor, por favor!- pediu com fervor.- Que tal um chocolate quente? - perguntou o vendedor indulgente, enquanto abria o termo para aquela gente. - Isto sim vai aquecer o ambiente!E em três pequenos copos de papel serviu o chocolate. Brindavam, esperançosos, a mais um Feliz Natal.
- Escolheste muito bem. Este é realmente o melhor pinheirinho.
Feliz Natal! – disse o homem, amarrando o pinheiro com um cordão.Mas o rapazinho estava triste porque o preço era alto demais para o que o pai podia pagar. Foi então que o vendedor lhe fez uma proposta:
- A árvore é tua com uma condição: tens de manter uma promessa. Na noite de Natal, quando te fores deitar e rezar, promete guardar no teu coraçãozinho o encanto do Dia de Natal! E agora corre para casa, senão este vento gelado as tuas bochechas vai queimar.E assim foi, com o vento zunindo, durante toda a noite gelada. O bom homem ofereceu árvore, após árvore, após árvore. Com cada pessoa que apareceu brindou com o chocolate quente.E quem jurou manter a promessa de guardar no coração o encanto do Natal, saiu na noite contente, cantando canções alegremente. Quando tudo acabou só uma árvore restou. Mas ninguém estava lá para esta árvore adoptar. Então, o homem vestiu o seu grosso casacão e partiu para a floresta com a última árvore da festa. Deixou o pinheirinho perto de um pequeno riacho, para que as criaturas sem casa pudessem fazer dela a sua morada.E sorria enquanto tirava os flocos de neve que na sua barba encontrava.Foi então que por detrás de um arbusto uma rena quase lhe pregou um susto.Olhou para ela e sorriu. Fazendo uma festinha na grande criatura, pensou combrandura: "Parece que o Natal chegou novamente! Ainda temos muito chão e muitas coisas para fazer! Vamos para casa, amiga, trabalhar neste Natal que vai começar.”Olhou para o céu, ouviu os sinos a tocar e, num pestanejar, já lá não estava o vendedor.
Colori, colorado, está o conto acabado!
Zita

20 novembro 2006

Para Pensar...

“Não brincas.
Não entras na roda.
Não jogas à bola.
Não ficas na minha mesa.
Ele já sabe tudo isto de cor, por tantas vezes o ter ouvido.
Afasta-se, porque a mãe, em casa, lhe diz que é o melhor que ele tem a fazer. Para não arranjar problemas.
Porquê mãe? - Perguntou ele um dia. Mas a mãe não lhe respondeu.
Abraçou-o ainda com mais força e disse: O preto é o resultado de todas as cores juntas. Eles ainda não sabem isso. Mas um dia vão aprender.
E depois mãe?
Depois vais entrar em todos os jogos e rematar a todas as balizas.
Como os outros mãe?
Como os outros”




Este é um exemplo do que acontece, infelizmente, ainda nos nossos dias.
Não podemos ser indiferentes….mas sim diferentes nestas atitudes.
Sejamos unidos… como todas as cores!


Beijos
Ana Pereira

Os Direitos das Crianças


A criança,
Toda a criança.
Seja de que raça for,
Seja negra, branca, vermelha, amarela,
Seja rapariga ou rapaz.
Fale que língua falar,
Acredite no que acreditar,
Pense o que pensar,
Tenha nascido seja onde for,
Ela tem direito...
...A ser para o homem a
Razão primeira da sua luta.
O homem vai proteger a criança
Com leis, ternura, cuidados
Que a tornem livre, feliz,
Pois só é livre, feliz
Quem pode deixar crescer
Um corpo são,
Quem pode deixar descobrir
Livremente
O coração
E o pensamento.
Este nascer e crescer e viver assim
Chama-se dignidade.
E em dignidade vamos
Querer que a criança
Nasça,
Cresça,
Viva...
...E a criança nasce
E deve ter um nome
Que seja o sinal dessa dignidade.
Ao Sol chamamos Sol
E à Vida chamamos Vida.
Uma criança terá o seu nome também.
E ela nasce numa terra determinada
Que a deve proteger.
Chamemos-lhe
Pátria a essa terra,
Mas chamemos-lhe antes Mundo
...E nesse Mundo ela vai crescer:
Já sua mãe teve o direito
A toda a assistência que assegura um nascer perfeito.
E, depois, a criança nascida,
Depois da hora radial do parto,
A criança deverá receberAmor,
Alimentação,
Casa,
Cuidados médicos,
O amor sereno de mãe e pai.
Ela vai poderRir,
Brincar,
Crescer,
Aprender a ser feliz...
...Mas há crianças que nascem diferentes
E tudo devemos fazer para que isto não aconteça.
Vamos dar a essas crianças um amor maior ainda.
E a criança nasceu
E vai desabrochar como
Uma flor,
Uma árvore,
Um pássaro,
EUma flor,
Uma árvore,
Um pássaro
Precisam de amor – a seiva da
Terra, a luz do Sol.
De quanto amor a criança não precisará?
De quanta segurança?
Os pais e todo o Mundo que rodeia a criança
Vão participar na aventura
De uma vida que nasceu.
Maravilhosa aventura!
Mas se a criança não tem família?
Ela tê-la-á, sempre: numa sociedade justa
Todos serão sua família.
Nunca mais haverá uma criança só,
Infância nunca será solidão.
E a criança vai aprender a crescer.
Todos temos de a ajudar!
Todos!
Os pais, a escola, todos nós!
E vamos ajudá-la a descobrir-se a si própria
E os outros.
Descobrir o seu mundo,
A sua força,
O seu amor,
Ela vai aprender a viver
Com ela própria
E com os outros:
Vai aprender a fraternidade,
A fazer fraternidade.
Isto chama-se educar:
Saber isto é aprender a ensinar
E a criança vai aprender a crescer.
Todos temos de a ajudar!
Todos!
Os pais, a escola, todos nós!
E vamos ajudá-la a descobrir-se a si própria
E os outros.
Descobrir o seu mundo,
A sua força,
O seu amor,
Ela vai aprender a viver
Com ela própria
E com os outros:
Vai aprender a fraternidade,
A fazer fraternidade.
Isto chama-se educar:
Saber isto é aprender a ensinar
A criança é um mundo
PreciosoRaro.
Que ninguém a roube,
A negoceie,
A explore
Sob qualquer pretexto.
Que ninguém se aproveite
Do trabalho da criança
Para seu próprio proveito.
São livres e frágeis as suas mãos,
Hoje:
Se as não magoarmos
Elas poderão continuar
Livres
A criança deve ser respeitada
Em suma,
Na dignidade do seu nascer,
Do seu crescer,
Do seu viver.
Quem amar verdadeiramente a criança
Não poderá deixar de ser fraterno:
Uma criança não conhece fronteiras,
Nem raças,
Nem classes sociais:
Ela é o sinal mais vivo do amor,
Embora, por vezes, nos possa parecer cruel.
Matilde Rosa Araújo

Reflictam e executem….


Sónia Pereira

Amigos Imaginários

Olá meninas!
Li este artigo e achei-o interessante, por isso achei que o poderia partilhar convosco. Ele fala-nos dos amigos imaginários das crianças, tão frequentes na infância…

Algumas crianças partilham e projectam as suas necessidades através da imaginação e criam amigos que não existem. Saiba porque o fazem e qual a melhor forma de reagir.

A Teresinha adora a sua amiga “Bé”, com quem brinca todos os dias, partilha segredos e tarefas. Um comportamento normal se a “Bé” existisse. Mas a “Bé” era apenas fruto da imaginação da pequena Teresa, que brinca interagindo com o vazio.
Não há limites para a imaginação de uma criança, que voa livremente e transforma nuvens em castelos, em bonecas ou até num destemido barco pirata. E nada melhor do que partilhar essas inesgotáveis fantasias com alguém. Há crianças que brincam com seres inexistentes, que podem ser outras crianças, animais de estimação, ou brinquedos. Nestes casos, quando a criança parece estar a falar sozinha, está na realidade a conversar com o seu amigo imaginário. Estes sucessos são mais comuns por volta dos quatro anos de idade, em filhos únicos, primogénitos e crianças muito criativas.

O “amigo imaginário” poderá servir como suporte emocional da criança.
De acordo com a opinião dos especialistas ter um amigo imaginário durante a primeira infância é natural e não prejudica em nada o desenvolvimento da personalidade da criança. Ao contrário, poderá servir como suporte emocional da criança.
São várias as razoes pelas quais uma criança cria um amigo imaginário. Uma delas pode ser a necessidade de se sentir realizado, por exemplo, “está um monstro no guarda-fatos, mas a minha amiga já o mandou embora”. Também pode servir para que a criança se projecte, se o amigo imaginário não quer apagar a luz, é muito provável que a criança tenha medo do escuro. Outra função comum é de “bode expiatório”, “eu não comi o chocolate. Foi a Bé!”. Neste ultimo caso, é importante ensinar a criança a assumir a responsabilidade dos seus actos.
Se as situações vividas com o seu amigo imaginário causarem algum problema é necessário explicar à criança quais são os seus erros e os erros do amigo imaginário, sem com isso castrar a sua imaginação.

Como ajudar a criança a esquecer o “amigo imaginário”
Os pais devem entender que o amigo imaginário reflecte alguma carência da criança, como por exemplo a necessidade de socializar ou de passar mais tempo com as pessoas que o amam.
Para que as crianças esqueçam o amigo imaginário, os especialistas aconselham os pais a dedicar mais atenção à criança e/ou a inscrevê-la em actividades onde se relacione com crianças da sua idade. Desta forma, o pequeno aprenderá a socializar, saciará as suas necessidades de jogo e irá esquecendo esse amigo imaginário que já lhe foi tão útil.

(Informação recolhida do jornal “Intereconómico”).

Silvia Ferreira

Poesia para Crianças


Como me foi solicitado, aqui estão dois novos poemas que penso ainda não terem
sido publicados no nosso blog. Deleitam-se lendo simples poemas para crianças.

As Borboletas
Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas.
Borboletas brancas
são alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
são tão bonitinhas!
E as pretas, então...
Oh, que escuridão!
(Vinicius De Moraes)
Infância
Sou pequeno
e penso em coisas grandes:
pomares e mais pomares,
jardins de flores e flores
e pelas montanhas e vales
grama verdinha e bosques,
com milhões de árvores
e asas de passarinhos.
Rios e mares de peixe
- aquários largos e livres
- ar dos campos e praias,
a manhã trazendo o dia
com o sol da esperança
e a noite de sonhos lindos,
nuvens calmas, lua e astros,
minhas mãos pegando estrelas
neste céu de doce infância.
E pelas estradas claras
meu cavalinho veloz
no galopar mais feliz:
- eu e ele sorrindo,
levando nosso cristal
para os meninos do mundo.
(Cleonice Rainho)
Desculpem invandir o blog com poesia, mas como as crianças com quem estou a
estagiar adoram, eu acabo por ficar "contaminada" com tão grande beleza.
Boa semana de gestão para quem começa em breve.
CarlAlmeida

Nova Semana

Boa noite!
Esta semana é a nossa vez de gerir este espaço de partilha.
"Nenhum de nós é mais capaz que todos nós em conjunto", por isso, PARTICIPEM.

O grupo: Catarina Sousa e Diana Baptista

19 novembro 2006

Boa Noite Turma!!

Queriamos agradecer a todas as colegas e profesor, que estiveram connosco nesta semana, porque sem vocês nós não podiamos gerir este blog. Espero que tenham gostado e que tenham sido sempre feitas as vossas postagens, como vocês tinham imaginado. Ao próximo grupo desejamos uma boa semana e se precisarem da nossa ajuda, já sabem...
Obrigado por todo o vosso apoio.

Carina, Cristiana e Eva

Como contar histórias, segundo Eileen Colwell


A inglesa Eileen Colwell, nascida em 1904 e falecida em 2002, foi uma das pioneiras na animação de bibliotecas para crianças e uma especialista da «hora do conto».
Do seu livro «Storytelling», ainda não editado em português, destacam-se as seguintes orientações para quem quiser desenvolver as suas capacidades de contador de histórias.
Adaptar a história para ser contada oralmente
(Sobretudo as histórias demasiado longas e redigidas num estilo demasiado literário)
1 - Cortar os desenvolvimentos secundários da acção;
2 - Encurtar as partes demasiado descritivas;
3 - Por vezes, pode justificar-se um rearranjo da sequência dos acontecimentos ou até a adição de um novo acontecimento, em prol da clareza da narração;
4 - As frases repetitivas devem ser mantidas, porque convidam as crianças à participação;
5 - O final deve ser sempre breve (assim que se atinge o clímax as crianças tendem a perder o interesse).
Memorização das histórias
1 - Ler a história várias vezes, concentrando-se na sua construção, no clima, no clímax e no final;
2 - Fazer um resumo livre da história;
3 - Compará-lo com o original e verificar o que se perdeu;
4 - Estudar a história com maior pormenor;
5 - Anotar as frases repetitivas que devem ser retidas;
6 - Quando a história começa a tomar forma na cabeça do contador, este deve tentar visualizá-la como uma série de imagens coloridas;
7 - Desenvolver as personagens como se fossem pessoas reais.

Adaptado de
http://avidasecretadoslivros.blogspot.com/2006/10/como-contar-histrias-segundo-eileen.html

Sara Silva

Vamos lá mais uma vez destravar a língua!


Lengas-lengas e (des)trava-línguas
Ensinar à criança algumas lengalengas e trava-línguas para estimular a fala:
O rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia
Lé com lé, cré com cré
Paulino sem pau é lino
Paulino sem lino é pau
Tirando o pau ao Paulino
Fica o Paulino sem pau
O rato rói a serralha,
O raio do rato roía;
A Rita Rosa Ramalha
Do raio do rato se ria.
Num ninho de nafagafos
Há sete nafagafinhos
Quando a nafagafa sai
Ficam os nafagafinhos sozinhos
Fernandinho vai ao vinho
Parte o copo no caminho
Ai do copo, ai do vinho
Coitadinho do Fernandinho

Fui à escola politécnica
aprender a politecnicar;
Estava lá o politécnico,
não aprendi a politecnicar.
Enquanto a pega
papa a fava
porque não papa
a fava a pega?


Beijos Sara Silva


Algumas sugestões para um Bom Passeio e para uma visita com as crianças, aos Parques de Gaia, pela nossa natureza.

Parque Biológico GAIA - Descoberta da natureza, educação ambiental, e conservação da biodiversidade. Aberto todos os dias, das 10 às 20h (restaurante, hospedaria, clínica veterinária, exposições, festas de aniversários, e muito mais). Cerca de 700 espécies de animais e plantas no estado selvagem.
Adultos: 4€, Jovens: 2€
Parque Dunas GAIA - Pequena reserva natural para protecção das dunas e da biodiversidade. Aberto todos os dias, das 10 às 18h.
Entrada livre.
Parque Lavandeira GAIA - Espaço verde de recreio e laser, aberto todos os dias, das 10 às 20h. Relvados, parques infantis, bar.
Entrada livre.
Mais informações visitem o site: http://www.parquebiologico.pt/
Carina, Cristiana e Eva

A Carochinha apresenta: O Concerto no Ervilhal



A Carochinha apresenta – O concerto no Ervilhal é o nome deste musical que vai apaixonar crianças e adultos, numa hora mágica onde, juntos, com a carochinha e os seus amigos, vão reinventar inesquecíveis canções infantis num universo mágico onde todos perdem a idade e reaprendem a ver o mundo com outras cores.
Espectáculos às 17:30H
25 de Nov. Braga - Auditório P. Exposições
03 de Dez. Covilhã - Teatro Cine
08 de Dez. Pombal - Teatro Cine
09 de Dez. Porto - Cinema Batalha
Mais informações, visitar o site http://www.ticketline.pt/
Beijinhos
Carina, Cristiana, Eva

Poesia Para o Blog

Olá amiguinhas! Estou a tentar promover a poesia no nosso blog. Aqui deixo alguns tipos de poesia que penso serem interessantes e engraçadas, mas com um certo sentido de veracidade. Foram-me cedidas pelo nosso iniciador nestas andanças do blog. Sabem quem é não sabem? Espero que gostem.
RECEITA PARA FAZER UMA CRIANÇA
Ingredientes:
- 1 homem (convém ter 30 anos);
- 1 mulher (sensivelmente da mesma idade);
- 1 ilha;
- 1 garrafa de bom vinho;
- 1 kg (bem pesado) de amor;
- 1 colher (de sopa) de responsabilidade;
- 1 colher (de chá) de fermento;
- 1 pitada de sal;
- ternura e força física q.b.
Preparação:
- Escolhe-se cuidadosamente a parte da ilha que se pretende utilizar, limpando-a de pessoas e de inibições, de modo a que possa ser utilizada à vontade numa noite de luar. Sobre o areal, de preferência perto do mar, dispõem-se dois copos finos, onde se vai colocando, aos poucos, o vinho que servirá para temperar o interior dos corpos. Pega-se na mulher, com cuidado, e coloca-se junto ao homem, misturando levemente. Peneira-se o amor com a responsabilidade e deixa-se cair em chuva sobre a mistura anterior, envolvendo suavemente para não talhar.
Junta-se o sal, a ternura e a força física e bate-se tudo até os ingredientes ficarem numa massa homogénea. Por fim, junta-se o fermento ao preparado, coloca-se numa forma polvilhada com um pouco mais de amor e leva-se a cozer em forno médio, vigiando sempre. Coze durante 40 semanas.
(Este texto é da autoria de Paula Virgínia, em Abril de 2001)
Aqui está um outro poema, acerca de crianças, muito giro. Ora vejam lá...
INVENTE-SE O CEM
A criança é feita de cem.
A criança tem cem linguagens,
Cem mãos,
Cem pensamentos,
Cem maneiras de pensar, de brincar, de falar.
Cem, sempre cem modos de ouvir,
De se maravilhar e de amar.
Cem alegres modos de cantar e perceber.
Cem mundos para descobrir, cem mundos para inventar,
Cem mundos para sonhar.
A criança tem cem linguagens
(e mais cem e mais cem e mais cem)
Mas roubam-lhe noventa e nove.
A escola e a cultura separam-lhe a cabeça do corpo.
Dizem-lhe para pensar sem as mãos, para fazer sem a cabeça,
Para ouvir e não falar, para perceber sem alegria,
Para amar e maravilhar-se só na Páscoa e no Natal.
Dizem à criança para descobrir o verdadeiro mundo,
E das cem, roubam-lhe noventa e nove.
Dizem à criança que o jogo é trabalho, realidade e fantasia,
Ciência e imaginação, céu e terra, razão e sonho,
São coisas que não se podem misturar.
Dizem-lhe em suma, que o cem não existe.
E a criança responde:
Invente-se o cem.
(Tradução livre de um poema de Loris Malaguzzi)
Esta é uma das realidades com que nos vamos deparando, infelizmente, cada vez mais. Obrigada por disponobilizarem o tempo para disfrutarem de um bom momento de prazer.
Até à próxima...
Carla Sofia Almeida