Por uma Arte de Contar Histórias
Na era das TIC impunha-se a criação de um espaço de formação interactiva, complementar à vida da sala de aula. Aqui está ele! Aberto à publicação de textos, imagens, pedidos de ajuda, sugestões...Aqui está a possibilidade de continuarmos e explorar as potencialidades da nossa língua portuguesa. Enviem as vossas publicações para educinf@hotmail.com. Todos seremos poucos. Bem-vindos!!! ENDEREÇO PARA "POSTAGENS": educinf@hotmail.com JMCouto
Sucesso
obrigado!”) enchem-se de panfletos, os nossos endereços electrónicos são invadidos por propostas aliciantes, as promoções são muitas, em qualquer loja onde me desloque perguntam se tenho “cartão de cliente” e enumeram-me vantagens sem fim em me “fidelizar” . Antes de férias, vi, nas “grandes superfícies”, escaparates com uma variedade enorme de livros de fichas para… “trabalhos de férias” para as crianças, mesmo para as mais pequenas… para quê? “escolarizar” ainda mais a entrada no jardim de infância? E o direito inalienável da criança… BRINCAR, consagrado na Convenção dos Direitos da Criança? Entretanto, continuamos a ser um dos países europeus que menos lê, que menos compra livros, considerados um produto “quase” de luxo, que menos entende a matemática como forma de organizar a vida, de resolver problemas e de estruturar o pensamento. Esta contradição confrange-me. Ouvi há dias o Manuel Jacinto Sarmento, numa das suas brilhantes análises sociológicas sobre a infância, falar no “mercado de serviços” para as crianças, no “franchising” de produtos para as crianças, no mercado de materiais didácticos” para os jardins de infância, nos processos de “marketing” que invadem as mentes das crianças e as bolsas dos seus pais. Lembro a quantidade de materiais didácticos que começaram a surgir no mercado desde que, em 1997, se publicaram as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, muitos – tenho a obrigação moral de o dizer publicamente! – de muita fraca qualidade e adulterando os princípios pedagógicos subjacentes a esse documento orientador. Habituei-me desde sempre, como educadora, a trabalhar com materiais e recursos limitados, investindo sobretudo em materiais que possibilitassem a expressão livre das crianças. Compreendo que os tempos são outros. Mas tenho consciência quanto hoje é mais difícil para os educadores fazerem escolhas esclarecidas e responsáveis e de como, eventualmente, serão as próprias famílias a perguntar, no arranque do ano lectivo, qual é o “manual” para os 5-6 anos ou a colecção de “fichas” que devem comprar.... Como formadora de futuros educadores tenho consciência de que a minha instituição deve informar e formar os estudantes nessa matéria, chamando a atenção para a estética dos materiais, para a sua correcção em termos de multiculturalidade ou na não promoção de estereotipos de género. Não me parece que isso baste e afirmo que, numa lógica de “prestação de serviços à comunidade”, temos que ajudar os educadores de infância a fazerem selecções criteriosas dos materiais que colocam nos seus jardins de infância e, decorrentemente, dos modelos explícitos e implícitos que passam às crianças e às suas famílias. Com o Manuel Jacinto Sarmento afirmo “lógicas de acção que recusem a dominação” e “lógicas de acção que afirmem os Direitos da Criança” e promovam “uma concepção alternativa de uma cidadania da infância” nos tempos que são os de hoje. Uma cidadania esclarecida, que faça escolhas conscientes, que não deixe poluir a ética e a estética das suas vidas com produtos que não serão os de… primeira necessidade!


Os sumérios para contarem os animais que tinham, faziam recipientes com a mesma forma dos animais que possuíam...
... e por cada animal, deitavam no recipiente pequenas bolas de barro.
Como este processo era um pouco complicado, um dia lembraram-se de desenhar os animais numa placa de barro e fazerem por baixo um tracinho por cada animal.Estas placas, uma vez escritas, eram secas ao Sol. Os sumérios utilizavam para escrever, objectos de metal, osso e marfim, pontiagudos numa das pontas.
No início, as placas de barro só serviam para registos contáveis, mais tarde foram utilizadas para narrações históricas e relatos épicos. Estas informações chegaram até nós, em virtude do descobrimento de uma biblioteca daquele tempo, onde se encontraram documentos administrativos, históricos e religiosos. As placas encontradas estavam guardadas em cestos e caixas de madeira com inscrições para poderem ser localizadas. Este tipo de escrita ficou conhecido por escrita cuneiforme, porque os caracteres tinham a forma de cunha.
ricas ilustrações e histórias curiosas que descrevem o universo desses seres mágicos e ainda reúne receitas simples capazes de juntar pais e filhos para uma grande diversão. Conta ainda histórias sobre o Natal e suas tradições, além de jogos e brincadeiras. As crianças também vão aprender a fazer em casa cartões de Natal, lanternas chinesas e outros enfeites, sempre inspirados nas personagens do livro.
contados agora... Senão, vejamos... Aposto que a Cinderela jamais teria dormido junto à lareira a sonhar com o dia em que não teria de passar os vestidos das irmãs e da madrasta a ferro. Se fosse agora a família da Cinderela teria uma empregada doméstica e a madrasta e as irmãs usariam fatos em poliéster, que não necessitam de ser engomados. Além disso, se a Cinderela fosse obrigada a tocar numa vassoura ou pano do pó, processaria a família por maus tratos e teria direito a notícia de abertura num qualquer telejornal. Quanto à história da Branca de Neve... meus amigos... a madrasta da Branca de Neve não teria de ficar angustiada com o facto de a enteada ser mais bela. Consultaria um cirurgião plástico e resolveria o problema com um nariz helénico, uns lábios grossos e contornados e uns olhos rasgados. E a Branca de Neve nunca iria fugir para uma pobre e triste cabaninha no meio da floresta... nada disso. A nossa menina iria alojar-se num condomínio fechado frente ao mar, com piscina aquecida, health club e segurança 24 horas. E não iria ficar a dormir à espera de um qualquer príncipe, em vez disso iria para uma discoteca da moda tentar conquistar um trintão charmoso. Na história moderna da Capuchinho Vermelho a avó, em vez de pedir que a neta lhe levasse o lanche, telefonaria para um restaurante take-away para pedir Bife três pimentas com batatinhas novas e cenouras salteadas. Convidaria a neta para almoçar e esta dirigir-se-ia até à casa da avó num magnífico descapotável vermelho. Mais tarde o caçador e o lobo mau apareceriam para tomar café. Ah, e o lobo levaria meio quilo de miniaturas de bolas de berlim para a avozinha. ... Enfim Histórias adaptadas aos tempos modernos.
"José e o Deslumbrante Manto de Mil Cores" (título original: Joseph and the Amazing Technicolor Dreamcoat) é um dos mais famosos musicais da dupla Andrew Lloyd Webber (música) e Tim Rice (letras), autores de obras tão famosos como Cats, Fantasma da Ópera ou Evita.
Chegou ao fim a nossa semana de gerir o blog. Espero que tenham gostado de estar connosco. obridaga por terem contribuído para o crescimento do blog, continuem a participar, tal como nós vamos fazer.
Era um valente soldado romano que estava a regressar da Itália para a sua terra, algures em França. Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessar uma serra muito alta, chamada Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo. Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam. De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola. Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre. Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão! Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom. É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho.
Normalmente a poesia não é muito bem aceite pelas nossas pequenas crianças leitoras e mesmo pelos jovens leitores. Estes acham que é "lamechas" ler poesia e aqueles, nunca foram estimulados para o fazer. Competirá aos mediadores adultos fazer a ponte, entre esta maneira de "falar e de dizer" as ideias poéticas, através de palavras, que se destacam pelas sonoridades, pela deslocação dos seus lugares habituais, nas frases, e pela estranheza dos seus significados metafóricos. Esta ponte que necessariamente os mediadores têm que fazer passará também pela forma como lêem o poema pois, ele viverá ou morrerá dependendo desta leitura. Então, para os que dão importância à poesia como estratégia aqui vão algumas notas sobre "Como ler um poema em voz alta": Ler o poema devagar- ler devagar é a melhor forma do poema ser entendido por quem lê e por quem ouve; a leitura calma permite que se consigam aproveitar todas as potencialidades das palavras que são ditas; Ler num tom de voz normal e relaxado - não é necessário acentuar dramáticamente a leitura; o estilo coloquial adequa-se à maior parte da poesia. As palavras é que fazem todo o trabalho; Fazer pausas através da pontuação- obviamente que os poemas são escritos em verso. Contudo, as pausas devem ser consideradas, não no final dos versos, mas pela pontuação; Ler com convicção - isto significa conhecer todos os significados das palavras, de forma poder-se transmitir, através da expressão facial, ou outra, o verdadeiro sentido de todo o poema.